sexta-feira, 31 de maio de 2013

Gregas - Delta (variação)

A Grega Delta de Black&Scholes nada mais é que o efeito da variação da ação sobre o valor da opção, ou seja, é o quanto espera-se que se ganhe ou perca de prêmio quando houver variação no preço do ativo subjacente. Por exemplo, uma opção com Delta igual 0,35 (ou 35%) irá variar R$ 0,35 quando a ação variar R$ 1,00, claro, teoricamente de acordo com a precificação de Black&Scholes.

Também pode-se interpretar o Delta como a probabilidade de sua opção ser executada. Para o Delta de 0,35, pode-se concluir, teoricamente, 35% de chance de ser executado.

Nota-se ainda que quanto maior o Delta, mais dentro do dinheiro (ITM) é a opção, valores próximos a 100% são característicos de opções ITM , as quais tem maior probabilidade de serem executadas. Já valores muito baixos de Delta, próximos de 0%, retratam opções muito fora do dinheiro (OTM) e possuem poucas chances de serem executadas. As opções no dinheiro (ATM) costumam ter Delta em torno de 50% e são as com maior liquidez.

Abaixo temos a fórmula para o cálculo da Grega Delta:






Em que:


N = representa a função de distribuição acumulada normal padrão;
q = dividendos;
T = Dias restantes para o vencimento (anualizado);
S = Preço do Ativo (Spot);
K = Preço de Exercício (Strike);
V = Volatilidade  Histórica;
r = Taxa de juros.


Abraço e Bons Trades!
Guilherme Taborda Ribas

terça-feira, 12 de março de 2013

Varição de Preços X Relatórios

O relatório de resultado é a confirmação daquilo que o mercado já esperava. Vamos exemplificar com a Gafisa (GFSA3).

No dia 11/03/2013 a Gafisa divulgou o resultado do último trimestre de 2012 (4T12). A empresa teve prejuízo líquido de R$98,9 milhões, o que resultou em forte baixa nos primeiros negócios do dia 12/03/2013.

Analisando o gráfico diário, fica evidente, muito antes da divulgação, a 'descrença' do mercado (Fig. 1). Percebe-se também que este último movimento de queda pouco influencia na desvalorização total do ativo - já que os preços estão "de lado". Desde o início do movimento de baixa (18/01/2013) as ações chegaram a desvalorizar em 25% e agora "descansa" num movimento lateralizado - pelo menos até a divulgação do 4T12.


Fig.1 - GFSA3 diário

Graficamente é muito fácil notar que o mercado já esperava um mau resultado. No início de fevereiro, nota-se o início de uma queda contundente após saída de um movimento de reduzida liquidez (evidenciado pelo triangulo simétrico no gráfico diário).

Fig.2 - GFSA3 semanal

No gráfico semanal (Fig. 2), também pode-se notar a mudança de comportamento ao verificar a divergência significativa entre o Histograma-MACD e o gráfico de preços. Adiantando o movimento de baixa e trazendo mais segurança ao investimento.


Abraço e Bons Trades!
Guilherme Taborda Ribas

domingo, 9 de dezembro de 2012

Saiba usar suas ferramentas



Principalmente no início, quando descobrimos o mercado e começamos a operar, analisamos diversos setups utilizados por aí e, com intuito de fechar todas as probabilidades de erros em análises e indicações falsas, tentamos usar todos os indicadores que vemos pela frente.
O problema é que há uma grande facilidade em ficar perdido entre os tantos indicadores existentes para análise técnica. É muito comum montar estratégias de análise com indicadores redundantes ou indicadores desenvolvidos para um propósito diferente do atual comportamento do mercado.
Por exemplo, usar pontos de entrada indicados por um oscilador quando o mercado está em evidente tendência. Ou ainda, esperar que um rastreador de tendência confirme sinais de um oscilador num mercado em zona de negociação ou acumulação.
Portanto, saiba para que tipo de mercado o indicador serve (mercado em tendência, zona de negociação, acumulação, alta/baixa volatilidade etc). Procure saber em que momento o indicador dá o melhor sinal de entrada (rompimentos, triângulos, pullbacks, etc). E principalmente, saiba como o mercado está configurado.
Conhecer o mercado e as ferramentas adequadas pode salvar seu dinheiro e quem sabe até multiplicá-lo.
Abraço e Bons Trades!
Guilherme Taborda Ribas

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Opções (2) – Alguns Conceitos Básicos


Posição da opção em relação ao preço da ação.
- Opções de compra ITM (In the money): Preço do ativo subjacente é superior ao preço de exercício da opção;
- Opções de compra ATM (At the money): Preço do ativo subjacente é igual ao preço de exercício da opção;
- Opções de compra OTM (Out the money): Preço do ativo subjacente é inferior ao preço de exercício da opção;
- Opções de venda ITM (In the money): Preço do ativo subjacente é inferior ao preço de exercício da opção;
- Opções de compra ATM (At the money): Preço do ativo subjacente é igual ao preço de exercício da opção;
- Opções de compra OTM (Out the money): Preço do ativo subjacente é inferior ao preço de exercício da opção;
O preço das opções é formado pelo valor intrínseco e valor extrínseco:
Valor Intrínseco:É a diferença entre o preço da ação (Spot) e o preço de exercício da opção (Strike). Seria o valor verdadeiro da opção, é a parte ITM do prêmio de uma opção.
Valor Intrínseco = Preço da Ação – Preço de Exercício
Valor Extrínseco: Porção do prêmio da opção que está além do Valor Intrínseco. A chamada “gordurinha” é a parte do prêmio que retrata a expectativa/risco do mercado.
Valor Extrínseco = Preço da Opção – Valor Intrínseco
Além do preço do ativo subjacente e da expectativa do mercado, outros fatores influenciam no preço final da opção:
Taxa de Juros;
Inflação;
Dividendos;
Tempo restante para o vencimento da opção;
Volatilidade Histórica (VH) – Variação de preços num determinado período de tempo;
Volatilidade Implícita (VI) – Expectativa do mercado, está inserida no valor extrínseco da opção. A VI é calculada a partir do modelamento de Black & Scholes.


Abraço e Bons Trades!
Guilherme Taborda Ribas

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Testando o seu Trade System

A grande frustração de quem começa a botar em prática tudo o que leu sobre análise técnica surge quando a análise não dá resultado algum!

Você, trader, paga um curso de análise técnica e o palestrante fornece um novo trade system, porém não menciona para qual ação ou qual segmento do mercado aquele trade system gera resultados satisfatórios. Então você perde muita grana para só então começar a pensar o quanto ineficaz é essa estratégia.

É provável que esse trade system funcione para a ação ou ao conjunto de ações que o palestrante opera, mas não para todas as ações e nem para todos os períodos de análise (1min, 5min, 9min, Diário, Mensal, etc). Por isso a importância de testar o que se aprende.

Abaixo segue um exemplo de como uma estratégia de operação para uma mesma ação se comporta de modo diferente em cada período de tempo. A estratégia utilizada é a de enviar ordem de venda toda a vez que um doji (padrão de candle) tocar a banda superior do estudo Bandas de Bollinger de 8 períodos.



Os valores em porcentagem nos mostram, da totalidade de dojis, quantos tocam a banda superior e geram venda, ou seja, retornam um trade de sucesso.

Note que para intervalos de tempos de 1min a estratégia funciona muito mal, não se deve utilizá-la. Já para intervalos de 25min, a estratégia funciona muito bem e pode gerar lucro.

Lembre-se de testar o que aprende, não existe estratégia universal que funcione para todas as ações. Cada ação é operada por investidores com perfis diferentes, cada ação e cada intervalo possui sua particularidade.



OBS: O artigo não tem como objetivo recomendar a estratégia exemplificada, é apenas um exemplo, tanto que omitiu-se a ação testada.

Abraço e Bons Trades!

Guilherme Taborda Ribas

sábado, 10 de novembro de 2012

Opções (1) – Alguns Conceitos Básicos


As opções são instrumentos derivativos, portanto estão diretamente relacionados aos ativos subjacentes. Esses ativos podem ser ações, índices, contratos futuros etc. O titular de uma opção tem o direito de comprar ou vender um determinado ativo por uma valor já estabelecido.
Opções de compra (calls): O titular tem o direito de comprar o ativo (exercer o direito) a determinando preço dentro de um prazo estabelecido.
Opções de venda (puts): O titular tem o direito de vender o ativo (exercer o direito) a determinando preço dentro de um prazo estabelecido.
As opções possuem uma data de vencimento, caso o titular não exerça o direito dentro do prazo de vencimento, a opção (o direito de compra ou venda) deixam de existir.
EXEMPLO:
Um investidor compra 100 opções de compra PETRE20 a R$1,00. Quer dizer que o investidor, agora titular, tem o direito de comprar (até o vencimento) 100 ações da Petrobras a R$20,00 mesmo que a ação esteja valendo R$25,00.
Caso a ação esteja valendo R$18,00, por exemplo, o investidor pode optar por não exercer a compra, pois o ativo a preço de mercado está mais barato que o preço de exercício. Nesse caso o investidor pode assumir o prejuízo da compra das opções (100xR$1,00 = R$100, esse valor é o prêmio pago pelo direito) ou revendê-las no mercado, ficando fora do negócio (zerando a posição).
Já os lançadores de opções tem a obrigação satisfazer o direito se este for exercido.
Caso lance uma opção de compra e seja exercido, o lançador tem a obrigação de vender os ativos ao preço determinado.
Caso lance uma opção de venda e seja exercido, o lançador tem a obrigação de comprar os ativos ao preço determinado.
Essa obrigação acaba se a opção não for exercida até a data de vencimento.
No Brasil o vencimento das opções referentes a ações se dão na terceira segunda feira do mês. Os meses são representados por letras presentes nos códigos das opções, sendo A janeiro, B fevereiro, C março e assim por diante.
No caso do exemplo dado (PETRE20) o vencimento se dá na terceira segunda feira do mês de maio.
Tipos de Opções:
Opções americanas: o direito pode ser exercido a qualquer momento até a data de vencimento (utilizadas no Brasil atualmente);
Opções européias: o direito somente pode ser exercido na data de vencimento.
Abraço e Bons Trades!
Guilherme Taborda Ribas

terça-feira, 22 de maio de 2012

Medo de Enviar a Ordem!

De nada adianta conhecer as regras do mercado, entender os diversos e melhores estudos, visualizar os pontos de entrada em seu trade system se você não enviar sua ordem.

No mercado sempre operamos com risco, nunca se compra/vende com a certeza de retorno. É com medo deste risco que muitos operadores travam no momento de enviar sua ordem. Congelam e apenas assistem aos movimentos do mercado, estressando-se e condenando a incapacidade de confiar em suas análises.



Tenha consciência do risco a que você é capaz de se sujeitar. Monte seu trade system, simule e confira sua eficácia no mercado. Defina seus stops e, principalmente, confie em sua análise.

Controlar o medo e as atitudes impulsivas diante do mercado talvez seja a tarefa mais difícil. O resto já tem muita gente ensinando.

Abraço e Bons Trades!
Guilherme Taborda Ribas